sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Depois de você o que sou?


Não me importa de onde vens
Nem mesmo aonde quer chegar
O que busco todos teme ao dizer.
Quando dizem.

Sou feito para isto
Venho do pecado, do medo, do escuro e noites mortas,
Venho das cinzas esquecidas
E que o tempo não desfez

Não temo o teu jeito, nem teus sonhos;
As tuas feridas em mim cicatrizaram,
Os teus pesadelos não sonho mais,
E dos teus medos já não tenho temor

Ainda me vejo em passos,
Deixando rastro e o vento apagando
Passo todas as horas do dia e turnos
Ti esperando e quando me chega traz indiferença?

Não me importa de onde vens
Mas agora me importa sabe
Aonde quer chegar, pois já ti sinto
Como sinto a fúria do medo.

O medo das entrelinhas
Espalhadas em todo teu corpo
O medo dos sentimentos escuso
E espalhafatosos que me condenam.

Quem sou eu? De onde vêm minhas origens?
Cadê minhas ideologias? Tudo que acreditei?
Você quebrou minhas métricas.
Acertou-me em cheio a língua. Tão profana.

Alguém me chama e quem será?
De onde vem isto tão desconhecido?

Seria do absurdo desejo?
Seria aquilo que eu espero já faz um ano?
Seria da morte que tanto te apavora?
Seria você?

Quem despertou em mim tamanha curiosidade?
Isto já não me importa,
Por que agora quero saber de onde vem,
Preciso saber aonde quer chegar.

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